Samuel Dahl, defesa contratado em definitivo pelo Benfica esta temporada, concedeu, na quinta-feira, uma entrevista ao portal sueco Fotbollskanalen, na qual, entre outros temas, falou sobre a sua continuidade ao serviço do clube da Luz.
Depois de ter estado cedido pela AS Roma na segunda metade da última temporada, o lateral-esquerdo sueco ficou na Luz e tem-se destacado como titular na equipa de Bruno Lage no início da presente época desportiva.
Com uma herança pesada por suceder a Álvaro Carreras no posto de lateral-esquerdo titular, ele que foi transferido para o Real Madrid este verão, no clube da Luz, o defesa sueco reconhece que tem uma grande responsabilidade pela frente, mas garante estar disposto a escrever a sua história de águia ao peito.
“Fala-se cada vez menos sobre isso, mas fala-se, e falava-se mais sobre isso no início. Às vezes, as pessoas perguntam-me como é ocupar o lugar dele. A minha resposta é que quero deixar a minha marca no clube. Quero fazer o mesmo que ele fez e deixar a minha marca. Quero poder dizer ao próximo lateral-esquerdo que chegar que também tem um grande desafio a superar”, começou por dizer Samuel Dahl, que assume ter ficado mais descansado quando soube que ia continuar ao serviço do clube da Luz.
"É bom ter uma verdadeira casa novamente. Os empréstimos são sempre um período de ansiedade, em que é incerto o que vai acontecer. Devo voltar, devo ficar ou devo ir para outro lugar? Eu já tinha conquistado a confiança deles. Pude jogar e mostrar o meu valor. Quando se tem continuidade durante um empréstimo, sentes-te mais confiante. Além disso, o facto de me comprarem contribuiu ainda mais", prosseguiu.
Dahl falou ainda das diferenças entre jogar em Itália e em Portugal, ressalvando que sentiu maior diferença ao trocar a Suécia por solo italiano.
"A AS Roma e o Benfica são clubes enormes, com muitos adeptos e coisas ao redor. Há grandes expectativas e muita pressão de fora. O meu sentimento mudou quando houve jogos num lugar e não tanto no outro. A vida lá fora tem sido boa em ambos os lugares. A maior diferença foi acima de tudo do Djurgarden para a AS Roma. Lá, percebe-se que se dá mais do que um passo em frente, é um nível completamente diferente e muito mais exigente fisicamente. Talvez não em termos de corrida, mas sim na forma como as pessoas se comportam quando se é placado e se tem pessoas atrás de si e assim por diante", vincou.
Além disso, Samuel Dahl abordou o arranque de temporada no Benfica. As águias levam três vitórias consecutivas no campeonato, eliminaram o Fenerbahçe rumo à fase de liga única da Liga dos Campeões e conquistaram a Supertaça Cândido de Oliveira diante do Sporting. "Foi muito bom. Foi um bom começo. É uma sensação muito boa", anuiu.
O sueco, que está ao serviço da sua seleção, abordou os dois jogos da Suécia com vista à qualificação para o Mundial'2026. Dahl espera ter oportunidades nestas partidas.
"Tenho muito com que lidar. Não se trata apenas de um bom jogador, mas sim de quatro jogadores que disputam uma ou duas posições. Venho com esperança e quero sempre jogar. Depois, é o treinador que escolhe a equipa. Espero poder jogar", finalizou.