Dez meses depois, Thierry Correia recebeu, esta semana, alta médica e prepara-se para regressar à competição, depois da grave lesão que sofreu no ligamento cruzado anterior do joelho esquerdo, a 27 de outubro de 2024, frente ao Getafe.
"O dia em que o médico me disse a gravidade da lesão foi muito difícil. Falar com a família e os amigos foi complicado", recordou o polivalente lateral, ex-Sporting, em entrevista à MARCA.
O jogador do Valência foi sujeito a intervenção cirúrgica no Hospital de São Francisco, no Porto, antes de iniciar o longo processo de recuperação.
"Eu estava em casa a fazer trabalho extra depois do treino. Senti muito desconforto no joelho e comecei a chorar sozinho em casa. Olhei para o espelho e disse a mim mesmo: ‘Por que estás a chorar? Tu vais voltar a jogar futebol’. Nesse momento percebi que tinha de lutar contra todas as adversidades. Ao treinar ou ao fazer fisioterapia aqui no clube, as lágrimas vinham-me aos olhos, porque a recuperação foi muito difícil. Houve dias em que ia jantar com a minha mulher e, ao levantar-me da cadeira, não conseguia andar. Perguntava a mim mesmo como é que ia voltar a jogar se nem conseguia caminhar."
O internacional pelas camadas jovens por Portugal, de 26 anos, deixou uma mensagem ao corpo médico do Valencia, onde atua o compatriota André Almeida, ex-Vitória SC.
"Foi um trabalho em equipa - fisioterapeutas, médicos. Nunca estipulámos um prazo fixo, fomos escutando o meu corpo. No verão apontámos setembro como objetivo e, quando voltei, senti que a minha perna tinha dado um passo em frente. O trabalho mental foi fundamental. Quando comecei a trabalhar com a bola no campo, comecei a levantar-me porque a sensação era muito boa. Muito melhor do que eu pensava", salientou um dos capitães de equipa do emblema 'che', a caminho da sua sétima temporada.
O primeiro jogo de Thierry Correia poderá acontecer já no próximo fim de semana, aquando da visita ao terreno do campeão Barcelona. De acordo com o Mundo Deportivo, a partida terá lugar no Estadi Johan Cruyff e não no novo Camp Nou, que ainda está em obras.
O recinto tem capacidade apenas para seis mil espectadores, um número inferior ao exigido pela La Liga, que prevê uma capacidade de oito mil lugares nos jogos do principal escalão do futebol espanhol.
O Barcelona terá ainda de garantir a capacidade de instalar câmeras do VAR de forma que não aconteça algo semelhante no último jogo. No jogo frente ao Rayo Vallecano, em Madrid, o juiz da partida não teve auxílio do VAR, pois encontrava-se desligado.
O jogo ficou marcado por uma alegada grande penalidade mal assinalada a favor dos blaugrana.