Borja Sainz concedeu uma extensa entrevista à mais recente edição da revista Dragões, na qual 'levantou o véu' sobre o processo que culminou com a transferência do Norwich City para o FC Porto, no passado mercado de transferências de verão, a troco de uma verba na ordem dos 13,3 milhões de euros, que pode ascender aos 15,3 milhões de euros, mediante o cumprimento de objetivos.
"É o maior clube de Portugal, sempre vi jogarem aqui grandes jogadores e ganharem títulos muito importantes, então, nem pensei quando recebi a chamada. Disse logo ao meu agente que queria vir para cá e ganhar títulos", confessou, explicando que aquilo que mais o cativou foram "as Ligas dos Campeões" já conquistadas pelo clube.
"Não é qualquer clube que ganha uma Liga dos Campeões. Muitos clubes com muito mais dinheiro dariam tudo para conquistarem esse troféu. Acho que também por isso o FC Porto é bastante reconhecido", prosseguiu.
"Desde o primeiro dia que percebi que este clube é especial e que todos aqui são parte de uma família. Assim que cheguei, recebi muito apoio dos adeptos, dos meus companheiros, do staff, do presidente e da equipa técnica. Estou muito contente aqui", completou.
"No início, custou um bocadinho..."
Feitas as contas, o jogador de 24 anos de idade soma já dois golos e uma assistência ao cabo das sete partidas em que foi utilizado pelo treinador da formação azul e branca, o italiano Francesco Farioli. Ainda assim, o próprio assumiu que a adaptação não foi, propriamente, simples.
"No início, custou um bocadinho, sentia-me estranho nos jogos, e a confiança não era a mesma, porque ainda não estava entrosado com os meus colegas e com as ideias do mister. Quando és novo na equipa, custa sempre um bocadinho, mas, quando entras, na dinâmica, é muito emocionante, porque sentes-te bem e, quando a equipa ganha, ficas ainda melhor", referiu.
Uma questão que, no entanto, foi prontamente ultrapassada: "Quando cheguei, toda a gente me ajudou muito, a equipa toda. Somos uma família que está lá quando alguém precisa, esteja bem ou mal, e acho que isso é o mais importante, porque, no dia a dia, os colegas são quem te rodeia. Digo muito isso aos meus pais, digo-lhes que me sinto em casa, porque, na verdade, tenho muitos espanhóis, aqui, também, mas não se trata disso".
"Estou muito feliz, não só porque estamos a ganhar e a treinar bem, diariamente, mas pela família que somos. Ajudaram-me desde o primeiro dia, tenho tudo aqui, esses pequenos detalhes fazem a diferença. Estou realmente muito feliz", assumiu.
A terminar, o internacional sub-19 espanhol mostrou-se encantado com o arranque de temporada dos dragões, com sete triunfos conquistados ao cabo de tantos outros jogos: "Acho que a equipa está a trabalhar bastante bem, e isso viu-se, nestes primeiros jogos. É esta a linha a seguir, porque estamos a treinar melhor a cada dia. Só pensamos num jogo de cada vez, e não no futuro".