UEFA Condena Israel Após Críticas De Salah: "Parem De Matar Crianças"



A UEFA aproveitou, esta quarta-feira, o encontro da Supertaça Europeia (que culminou numa vitória do Paris Saint-Germain sobre o Tottenham, no desempate por grandes penalidades) para condenar, pela primeira vez, a ofensiva militar que Israel está a levar sobre a Palestina.

Antes de o árbitro português João Pinheiro ter feito soar o apito inicial, no Stadio Friuli, na cidade italiana de Udine, o organismo que rege o futebol europeu estendeu, no relvado, uma tarja na qual se podia ler uma mensagem com destinatário bem claro: "Parem de matar crianças. Parem de matar civis".

No entanto, esta demonstração de solidariedade não se ficou por aqui, uma vez que, já na cerimónia de entrega de medalhas, o presidente, Aleksander Ceferin, fez-se acompanhar, no palco, por duas crianças palestinianas refugiadas.

A ofensiva israelita levada a cabo em Gaza começou depois dos ataques do Hamas, no poder no enclave desde 2007, a 7 de outubro de 2023 no sul de Israel, nos quais morreram cerca de 1.200 pessoas e perto de 250 foram feitas reféns.

Desde então, a operação militar israelita causou já mais de 61 mil mortos, a destruição de quase todas as infra-estruturas de Gaza e a deslocação forçada de centenas de milhares de pessoas, perante acusações de genocídio por vários países e organizações.

UEFA 'acusou o toque' de Salah?

Este gesto da UEFA ocorre, de resto, escassos dias depois de Mohamed Salah ter recorrido às redes sociais para criticar, publicamente, o silêncio da mesma perante mais um ataque aéreo levado a cabo por Israel, na Faixa de Gaza, que levou à morte de vários civis que aguardavam por apoio humanitário, entre eles, Suleiman Ahmed Zaid Al-Obaid, histórico capitão palestiniano.

"Podem dizer-nos como é que ele morreu, onde e como?", escreveu o internacional egípcio do Liverpool, na resposta à nota de pesar do organismo pelo óbito do antigo jogador, conhecido por alcunhas como 'Pelé do Futebol Palestiniano', 'A Gazela', 'A Pérola Negra' ou 'Henry da Palestina', aos 41 anos de idade".

Gonçalo Ramos e Nuno Mendes em evidência

Quanto ao jogo propriamente dito, prometia muito, e correspondeu em pleno, visto que emoção não faltou. O Tottenham chegou a ter em mãos uma vantagem de dois golos, da autoria de Micky van de Ven e Cristián Romero, aos 39 e 48 minutos, que acabou por desperdiçar, já na reta final.

Lee Kang-in reduziu distâncias, aos 85 minutos, e, já quatro minutos depois dos 90, Gonçalo Ramos (que acabara de entrar, para o lugar de Désiré Doué) desferiu o remate certeiro que repôs a igualdade, levando ao 'tira-teimas' a partir da marca dos 11 metros.

Aí, mais um português esteve em evidência. Neste caso, Nuno Mendes, que converteu a tentativa que selou o resultado final. Em campo, estiveram os também lusos Vitinha e João Palhinha. Ficou a faltar João Neves, que cumpriu castigo.

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