No dia do tão aguardado dérbi da quarta jornada da Premier League, que irá colocar, frente a frente, Manchester City e Manchester United, no Etihad Stadium, Erling Haaland concedeu uma extensa entrevista à estação televisiva britânica Sky Sports, na qual assumiu que está obrigado a 'chegar-se à frente', na sequência de um arranque de temporada em que a equipa somou duas derrotas e apenas uma vitória ao cabo de três jogos.
"Muitas pessoas importantes saíram, por isso, as novas têm de chegar e fazer a diferença, além de que as pessoas que estão aqui há mais anos, como eu, têm de assumir mais responsabilidades. Eu tenho de guiar a equipa, tenho de ajudar os novos a adaptarem-se o mais rapidamente possível, porque não é fácil chegar a um novo país e render imediatamente", começou por afirmar.
"Nós temos de ajudar-nos uns aos outros. Temos de perceber que o passado é o passado, e nós já não somos a mesma equipa. Temos de usar isso mesmo de uma maneira positiva. Nós temos outras qualidades, agora, e temos de adaptar-nos. No final, o mais importante é que temos de vencer jogos", acrescentou.
O internacional norueguês sublinhou que os homens de Pep Guardiola estão obrigados a "vencer jogos e lutar por títulos", e garantiu estar preparado para o desafio: "É claro que tenho de render, eu sou um intérprete. As pessoas esperam muitas coisas de mim, por isso, tenho de o usar de uma maneira positiva. Não é fácil perder muitos jogos, sabem?".
"É muita pressão sobre mim, e percebo isso. Concordo totalmente que é assim que deve ser. Repito, tem a ver com encontrar os aspetos positivos. Tem a ver com tentar aparecer e ajudar a equipa a alcançar coisas. É por isso que estou aqui", atirou.
Afinal, de onde vem esta crise?
Instado a dar uma explicação para as dificuldades por que o Manchester City vai passando, Erling Haaland refletiu: "Nós jogámos de uma maneira com a qual conquistámos tudo, o que foi fantástico, e, agora, penso que o futebol está a mudar. Vocês viram, no ano passado, o Paris Saint-Germain e o Liverpool a atropelarem absolutamente toda a gente, e temos de nos adaptar. É claro que temos de nos manter fiéis aos nossos princípios, mas também temos de adaptar-nos um pouco à maneira como os outros jogam".
"Temos de estar à altura das expetativas. Digam aquilo que disserem, temos de vencer jogos, no final. É para isso que somos pagos. Eu tento fazer tudo aquilo que posso para tentar ajudar a equipa o máximo possível. Seja qual for a situação, se venceres todos os jogos ou perderes todos os jogos, tens continuar a tentar ser livre, na tua mente. Isso é algo que ainda tenho comigo, neste momento", concluiu.
O Manchester City-Manchester United, recorde-se, será ajuizado pelo árbitro britânico Anthony Taylor, e tem apito inicial agendado para as 16h30 (hora de Portugal Continental) deste domingo. Um jogo de 'sotaque' português acentuado, visto que, de um lado, estarão Rúben Dias, Matheus Nunes e Bernardo Silva, e do outro, Ruben Amorim, Bruno Fernandes e Diogo Dalot.